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- Boa leitura !
Naamã
E a Presente Inversão de Valores
E NAAMÃ, chefe do exército do rei da Síria, era um grande homem diante do seu senhor, e de muito respeito;
porque por ele o Senhor dera livramento aos siros: e era este varão homem valoroso [porém] leproso.
2 Reis 5:1
Os dias em que este artigo está sendo redigido são marcados por uma crise global que atinge, de antemão, a saúde a partir da disseminação de uma peste que, segundo a bela oratória de alguns cientistas da medicina moderna, “não é patógena”, no entanto, nem por isso, menos patológica e patogênica e geradora de alto índice de letalidade, quando para dar ampla plenitude a crise, autoridades do setor em consenso com políticos inescrupulosos, impetram condição de calamidade através das mídias e todos os meios de comunicação, incitando o medo, e logo, obrigando, na forma da “lei” a população à reclusão, ficando impedido também o direito pela busca dos recursos básicos da manutenção de existência, gerando assim instabilidade e perspectiva de caos absoluto.
A bem da verdade, apesar do surto de histeria imperante, nada do que aqui se apresenta, deixa de estar previsto, primeiramente na Bíblia, Palavra de Deus, (Mt. 24 - 1Pe. 4:7) como também, desde algum tempo para cá, através de mensagens proféticas e visões de advertências em crescente freqüência, que chamam os “crentes” ao arrependimento e ao retorno à afinidade com a vontade daquele que é Santo em essência, o Deus do santos.
No entanto, a despeito de todas as advertências, parece que a cristandade está completamente seduzida e embalada pelos afãs da vida, entorpecidos pelas propriedades adstringentes e narcotizantes dos “biscoitos flor de lis” distribuídos “gratuitamente” por serviçais do inferno que circulam em meio as gentes disseminando o “nada ver”.
É claro que agora, em meio a histeria, até ateu se declara crente, e todos juntos correm proclamando a “necessidade da união”, quando rótulos denominacionais são descartados e o mundo passa ser uma massa única junto com padres, pastores, pais de santos, etc., em “oração”.
Todo mundo em jejum e oração, sem se permitir investigar o porquê da calamidade, e todos “buscando a Deus”, sem buscar na Palavra de Deus o que Deus busca no homem.
Para fundamentar o que aqui se está propondo sem desmerecer união e oração, trouxemos por cabeçalho, um texto cujo teor histórico fornece ampla alegoria de estrutura.
Naamã, cuja tradução etimológica do vocábulo significa agradável, apesar da impecável indumentária que trazia sobre si, desde o capacete esplendidamente reluzente, adornado com belas plumagens conforme os ditames de beleza contemporâneos, até os “coturnos” polidos a altura dos títulos daquele que o calçava, com todos os atributos a ele designados, cuja farda ostentando insígnias de títulos e de vitórias, ocultava sob faixas certamente impregnadas de óleos aromáticos para dissimular dor e mal odor exalado por feridas produzidas pela lepra.
Não há registro da origem daquela doença contagiosa, acometida no comandante do exército de um rei que para ir prestar culto aos seu deuses, apoiava-se lhe ao braço.
Talvez..., apenas conjecturando..., em alguma campanha ou cruzada, nalgum momento manteve contato com um portador daquela deplorável doença que o contagiou.
Na realidade, se o texto não faz referência sobre a origem de um mal, é porque seria irrelevante, quando deve ser considerado como útil e relevante apenas o que está estabelecido, e logo, trataremos dos fatos explícitos.
Um comandante famoso e de alto conceito diante do seu senhor, e, sobre quem está escrito..., porque por ele o Senhor dera livramento aos siros: [...] (2 Reis 5:1b)
A leitura do texto remete a todos os elementos de circunstância, quando presume-se que Naamã não prestava os seus serviços, expondo as suas chagas.
Certamente, por sua posição hierárquica, levantava-se antes que os seus liderados e, por causa da enfermidade, antecedia-se ainda mais nos seus horários.
Tratava-se de uma doença constrangedora, que além da aparência desagradável, expunha o portador a condição de preconceito e discriminação. Ademais disso, certamente as dores decorrentes, considerando que para essa doença, o local afetado torna-se insensível, sem no entanto deixar de causar danos como desintegração de moléculas e logo de membros, de cujas rupturas escorreriam misturas de fluidos corporais, o que deveria ser tratado criteriosamente, antes de se começar os preparativos para o expediente de serviços naturais.
Para proteger-se de preconceitos, o paciente esconderia toda e qualquer possibilidade de que alguém notasse o seu infortúnio, e para tanto, contaria apenas com a ajuda de quem lhe fosse muito íntimo.
Depreende-se da história de Naamã, que contava com o apoio de sua esposa, quando certamente, ela o ajudava na hora dos banhos diários, limpando-lhe os possíveis abcessos, untando-lhe o corpo com unguentos aromáticos, para aliviar a fricção dos curativos e dissimular maus odores, e finalmente, antes de vestir a farda, enfaixando lhe de modo a dar firmeza e estabilidade, sem obstruir a mobilidade.
Não se pode esquecer que ao final de cada campanha, cada cruzada, cada batalha, cada dia de expediente, a farda precisava ser retirada e os curativos removidos, para novos tratamentos, sempre com a ajuda exclusiva daquela pessoa que lhe era intima, e mais ninguém.
A boa fama de Naamã e as conquistas que lhe inferiam alto conceito, se sobrepunham a qualquer dor e sacrifício que precisasse dispender, uma vez que, a despeito da lepra bem escondida sob faixas e unguentos, dentro da farda, por ele o Senhor dera livramento aos siros: [...] (2 Reis 5:1b)
Também, da leitura fica evidente que, sempre que se aventasse a possibilidade, Naamã não pouparia esforços em busca da cura e, a simples expectativa gerada pelas observações de uma reles escrava serviçal na casa, iria leva-lo a correr o mundo se preciso fosse, porquanto desejava desesperadamente aliviar-se daquele fardo.
Mas..., relembrando que..., enquanto não se podia curar, Naamã, mesmo sendo o guerreiro que era, e possuindo a boa fama que lhe cabia, indo e vindo para acompanhar o rei em suas peregrinações até os seus santuários, não despia-se publicamente, nem da farda e nem dos curativos.
Lepra não deve ser exposta. É feia, deprimente e contagiosa, e é aqui que começamos a tratar sobre o título deste artigo, “Naamã e a Presente Inversão de Valores”.
A crise global gerou no mundo gospel em relação ao mundo “semi-gospel” e até o que não for gospel, a proposta da união. Disse certo ministro gospel recentemente em redes sociais..., “esqueçam as doutrinas”
As instituições religiosas, na pessoa de seus líderes são convocadas ao descarte da denominação para, em “uníssono”, “clamarem” a Deus.
O grito de ordem é “Unir e Clamar”.
“Parece” que a igreja, através das lideranças, se esqueceu do texto..., Os. 4:6 O meu povo foi destruído, porque [lhe] faltou o conhecimento; [...] visto que te esqueceste da lei do teu Deus, também eu me esquecerei de teus filhos.
Jesus disse sobre os resultados do sal insipido. Serve apenas para ser pisada pelos homens. (Mt. 5:13) A igreja do presente século é mista, conivente, insipida. (Ap. 3:16)
Enquanto uns poucos apontam e repudiam a degeneração generalizada, os “grandes” fazem piadinhas e criticam qualquer que aponte os lobos devoradores imiscuídos no meio do rebanho do Senhor, com frases desmoralizantes, enquanto defendem-se entre si.
Os Valores estão absurda e descaradamente Invertidos.
Da inversão dos valores, pastores são ridicularizados, lobos pastoreiam e a lepra precisa estar exposta e em evidência, e qualquer que pensar fora dessa “casinha” será taxado de retrogrado legalista. *** “Exponha a lepra para atrair leprosos”
Há algum tempo atrás, no auge das reivindicações feministas, postavam-se em redes sociais, imagens de mulheres menstruadas trajando roupas brancas, sem usar absorventes higiênicos, com sangue escorrendo pela roupa e pelo corpo, como forma de protesto a “obrigatoriedade” de se carregar um dispositivo “desconfortável” entre as pernas.
Naqueles dias, as mulheres “cristãs” faziam caras e bocas, propondo estarrecimento e vergonha, quando diziam..., “Anhim! Meu Deus, aonde o mundo vai parar?”
Nestes últimos dias estamos vendo as mesmas “cristãs” dentro dos templos e nos locais mais consagrados (deveriam ser) “ministrando adoração” usando vestimentas tão ínfimas, capaz de deixar exposto grande parte do corpo, com batas de alcinha que deixa ver o sutiã (quando existe), e saias curtas o bastante para expor o máximo das coxas, ou então roupas rasgadas e outras tão apertadas que fazem salientar todas as protuberância, em uma exibição indecorosa de libidinagem, sob a justificativa do calor.
Já dizia Paulo Leivas Macalão (Pr. de Saudosa memória) quando as mulheres queriam usar mangas mais curtas do que 3/4 do braço..., “Quente será o Inferno”.
Atualmente é dito..., “atarraxar de mais significa que tem vazamento” – Os lobos “engordando” as ovelhas!
São os valores invertidos, quando a lepra não deve ser tratada, mas exposta e vista por todos. E qualquer que, eventualmente não expuser a própria lepra não merece credibilidade por ser legalista.
Por parâmetros Bíblicos, [...] todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus; (Rm. 3:23) *** Rm. 3:10 [...] Não há um justo, nem um sequer. *** 1 Jo. 1:8 Se dissermos que não temos pecado, enganamo-nos a nós mesmos, e não há verdade em nós.
Apesar do que, cabe aos líderes conhecerem e transmitirem o conhecimento.
Tg. 5:20 sabei que aquele que converte o pecador do seu caminho errado salvará da morte a alma dele e cobrirá multidão de pecados.
1 Pe. 4:8 Acima de tudo, porém, tende amor intenso uns para com os outros, porque o amor cobre multidão de pecados
“Cobrir multidão de pecados” não significa ignorá-los, mas como Naamã, enfaixa-los e mantê-los apertados dentro da farda, confessando sim, mas somente para aquEle que é íntimo e de confiança, enquanto continua vencendo batalhas, sem nunca desperdiçar qualquer oportunidade de encontrar-se com os “profetas Elizeu” que Deus sempre disponibiliza para mandar leprosos banhar-se em águas que nunca estão nos parâmetros da própria vontade.
Agora, em meios as turbulências que perturbam a humanidade em uma condição prevista e prescrita como sintoma de fim dos tempos, (Mt. 24) quando as lideranças religiosas deveriam estar chamando os seu liderados para mergulhar sete vezes na obediência à palavra de Deus, buscando conhecer os seus preceitos, continuam agindo como Geazi, o moço de Eliseu, preocupados ou interessados na possibilidade de [...] correr atrás dele e tomar dele alguma coisa. 2 Rs. 5:20, e com justificativas suspeitas, proclamam um mero jejum e oração, sem anunciarem a necessidade de real conversão.
At. 3:19 Arrependei-vos, pois, e convertei-vos, para que sejam apagados os vossos pecados, e venham, assim, os tempos do refrigério pela presença do Senhor.
Por que não há nenhum líder religioso impondo, como o Rei de Nínive nos dias do profeta Jonas? Jn. 3:8 Mas os homens [...]clamarão fortemente a Deus, e se converterão, cada um do seu mau caminho [...]
Porque os convocadores de jejum e oração não estão dizendo aos “novos convertidos” que agora surgem de todos os lados, da necessidade de se usar farda e enfaixar a lepra?
[...] renunciando à impiedade e às concupiscências mundanas,
vivamos [neste] presente século sóbria, e justa, e piamente.
Tito 2:12
by: Oceano Ramos Corrêa Junior
Pastor Presidente da IEBSH