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- Boa leitura !
Arbítrio Livre ou Dominado
A Lei Áurea e o Nada Ver!
Circula nas mídias um vídeo onde um touro enfurecido, “desmonta” um carro de pequeno porte, levantando-o espetado nas aspas à altura da cabeça para logo arremessa-lo ao chão fazendo saltar os componentes, quando então, algumas pessoas “munidas” com garrafas de água espantam o animal que se afasta meio confuso, enquanto alguém exclama... Se esse animal soubesse a força que possui!
Em outra postagem, uma mensagem cuja teoria pretenderia desestimular o conceito de livre arbítrio relativo à salvação, quando para dar consistência à proposta, o autor enfileirou textos Bíblicos, os quais, num primeiro momento, ornamentam com perfeição a ideia.
Dois pensamentos que chamam a lembrança alguns personagens Bíblicos cujo relato histórico não oculta nenhum dos fatos da composição.
Da leitura da história de Sansão, sabe-se que possuía força descomunal (Jz. 16:3 etc.) o que, justamente por ser de natureza divina (Jz. 16:20) estabelece uma condição predisposta a uma criatura racional, com capacidade de discernimento e livre arbítrio, mas que, a despeito da força que dispunha, por vontade particular optou pela displicência.
O mesmo sucederia com Davi, matador de urso, leão, Golias e tantas outras façanhas, mas que, no seu livre arbítrio, deixou-se embalar pela vontade dos olhos. (2Sm. 11:2)
Salomão, o homem para quem o próprio Deus dissera [...] eis que te dei um coração [tão] sábio e entendido, que antes de ti teu igual não houve, e depois de ti teu igual se não levantará. (1 Reis 3:12), no seu livre arbítrio tomou decisões tão medonhas (1 Rs. 11:7 [...] edificou Salomão um santuário a Quemos, [...]) e outros, ao ponto de só não haver sido deposto completamente da linhagem real, por causa de Davi. (1Rs. 11:31 e 32)
Em apenas três citações, a conclusão que, apesar do poder e autoridade que se lhes predispunha, demonstraram insensatez, sugerindo arbítrio escravizado.
Sem pretensão de desmerecer a teoria de quem quer que seja, e menos ainda desencadear discussão, cabe uma análise de averiguação.
As duas postagens se fundem na seguinte ordem. Um touro (irracional) que não conhece a própria capacidade e o autor de uma tese que diria ao touro..., Não tem livre arbítrio. Ou seja; possui a força, irracional e sem autoridade.
Há nesta teoria perigos em evidência. Se o arbítrio está escravizado, e segundo este pensamento o homem, tal qual criatura irracional é escravo absoluto, já não resta opção a não ser deixar-se levar pelas circunstâncias esperando que Deus salve quem Ele quiser salvar, e logo, textos como [...] Se alguém quiser (livre arbítrio) vir após mim, negue-se [a si] mesmo, e tome a sua cruz, e siga-me. (Mc. 8:34), perderiam o propósito.
A CONTROVÉRSIA
Quando no Édem Deus disse ao primeiro homem..., “Mas da árvore da ciência do bem e do mal, dela não comerás; porque no dia em que dela comeres, certamente morrerás”. (Gn. 2:17), inaugurou o princípio do livre arbítrio, ainda que o termo não conste do texto sagrado.
Observe-se que, nem a referida árvore se involucrava por uma capsula de cristal que permitia ser vista, mas não tocada, e nem o homem estava sob a ameaça da ponta da espada do “anjo guardião” para que não tocasse no fruto proibido. O único elemento de separação era a decisão pessoal, e isto seria definido pelo amor a ser dedicado aos personagens “protagonistas” naquele relato. O criador que disse..., “não toque”, ou a criatura que disse..., “nada ver”.
E para dar ênfase ao [elemento de separação definido na decisão] cabe trazer a lembrança outro personagem Bíblico, cujo nome, José, cada vez que citado remete ao jovem da túnica multicolorida e sonhos prepotentes, sendo que a sua mais relevante arte de escopo, mesmo não havendo qualquer referência à força física, está no uso do seu livre arbítrio, quando..., [...] deixando as vestes nas mãos dela, saiu, fugindo para fora. Gn. 39:12
Da teoria..., “não há livre arbítrio”, o homem estaria absoluta e obrigatoriamente sujeito à dominação de Satanás só porque ele diz “nada ver”, e logo, incapaz de oferecer resistência ao pecado, o que iria à contramão da palavra de Deus e do sacrifício vicário.
A Bíblia relata que por ocasião da crucificação, no momento em que Cristo expirou..., [...]o véu do templo se rasgou em dois, de alto a baixo (Mc. 15:38), constituindo acesso direto ao lugar santíssimo, sem parede e nem intermediário.
Hb. 10:20 Pelo novo e vivo caminho que ele nos consagrou, pelo véu, isto é, [pela] sua carne,
O apóstolo Paulo, na carta aos colossenses sugere um “documento” de incriminação contra a humanidade, mas que ficou cravado na mesma cruz de Cristo.
Cl. 2:14 Havendo riscado a cédula que era contra nós nas suas ordenanças, a qual de alguma maneira nos era contrária, e a tirou do meio [de nós], cravando-a na cruz.
Aos dez anos de idade, mesmo sendo filho do pastor, tomei a decisão de aceitar a Cristo como meu senhor e salvador pessoal, após ouvir um velho pregador, na mensagem daquele dia dizer que quando Cristo expirou, desceu às profundezas da terra, tomou das mãos do diabo as chaves do inferno e da morte e...., Ef. 4:10 Aquele que desceu é também o mesmo que subiu acima de todos os céus, para cumprir todas [as coisas.]
A mensagem se inspirava no texto que diz..., E o que vivo e fui morto, mas eis aqui estou vivo para todo o sempre. Amém. E tenho as chaves da morte e do inferno. (Ap. 1:18)
Mais de cinquenta anos se passaram mas a convicção permanece que, se as chaves do inferno e da morte estão nas mãos de Jesus, definido está; Satanás não possui legalidade sobre o destino eterno de quem quer que seja.
LEI ÁUREA
Da assinatura da lei áurea, que concedia alforria ao escravo, nota-se que o documento interditava a escravatura, mas não obrigava o alforriado sair de sob o domínio de seu senhor.
Encontramos este mesmo princípio em..., Êx. 21:5 Porém, se o escravo expressamente disser: Eu amo meu senhor, minha mulher e meus filhos, não quero sair forro.
Aqui, o texto atrela o “amor” ao antigo senhor como consequência do amor à esposa e filhos, razão então para Jesus dizer..., Quem ama seu pai ou sua mãe mais do que a mim não é digno de mim; quem ama seu filho ou sua filha mais do que a mim não é digno de mim; (Mt. 10:37) o que, outra vez reclama o livre arbítrio.
Isto é exatamente o que acontece com a humanidade, quando, apesar da disposição da “carta de alforria”, opta (prefere) a casa da servidão, na grande maioria das vezes pela tradição familiar, quando espontaneamente (livre arbítrio), para não ofender criaturas, menospreza o criador.
Ademais, outros percalços surgem quando as forças do hábito se sobrepõe a força da vontade, e então, [acostumados] aos atos pecaminosos, apesar dos danos sofridos e toda sorte de males oriundos do pecado, mesmo tendo vontade de libertação sucumbem ao hábito e se declaram incapaz de aceitar o convite de Jesus que disse..., Mt. 11:28 Vinde a mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei, quando, utilizando-se do livre arbítrio, prefere-se a zona de conforto que não requer nenhuma ação, bastando deixar-se levar no embalo do que está em torno, a despeito do resultado final.
SATANÁS
A palavra de Deus atribui à Satanás o adjetivo de [deus deste século] (2 Co. 4:4), capaz de ofuscar a visão relativo a cédula cravada na cruz, o véu da separação rasgado de alto a baixo, as chaves do inferno e da morte exclusivamente nas mãos de Jesus. Porém, como trevas são conseqüência de ausência de luz, a mesma palavra de Deus se declara Lâmpada para os [...] pés [...] e luz para o [...] caminho. (Sl. 119:105) bastando somente conhece-la.
A obstrução de vida nova é conseqüência da decisão pessoal que, nas palavras de Jesus chama para fora da zona de conforto..., E, desde os dias de João Batista até agora, se faz violência ao reino dos céus, e pela força se apoderam dele. (Mt. 11:12)
Caracteriza-se que Satanás, o príncipe das trevas, por conta da sua NÃO onisciência, arregimentou para si “intelectuais teológicos” que fazem apologia as “garrafas pets” cheias de “nada ver”, que pela obscuridade produzida por hordas infernais, confunde a mente de quem ainda não aprendeu interligar força e autoridade (Jd. 1:22) fazendo-os subservientes às trevas.
Se o touro (irracional) soubesse impor autoridade como sabe usar a força, jamais sofreria escárnio, muito menos com borrifos de água em garrafas pets.
Se o homem (racional (?)) buscasse o conhecimento do que se predispõe a seu favor, não se deixaria influenciar pela vontade de Satanás com suas teorias de “nada ver”!
E disse-lhes: Por que sois tão tímidos? Ainda não tendes fé?
Mc. 4:40
O elemento de obstrução está em que por conseqüência da indisposição para conhecer a “Carta de Alforria”, a palavra de Deus (Jr. 6:10 [...] não gostam dela), as gentes vão preferindo a comodidade de esconder-se na obscuridade predominante, geradora de cegueira espiritual, porquanto foram assim acostumados por tradições, e na pós-modernidade do sincretismo imperante, fazem-se vítimas das inovações do sistema evangélico atual que anuncia “cultos” carregados de canções evocativas e sem pregação por que..., “o espírito me disse que hoje ele vai agir”.
O resultado? Os. 4:6 O meu povo foi destruído, porque [lhe] faltou o conhecimento; [...]
TRAGÉDIA
Fica explicito que as vontades egocêntricas da geração presente, em qualquer âmbito, físico e natural ou sobrenatural, interferem diretamente no amago do indivíduo, fazendo-o desejar mergulhar em um estado de transe, (irracionalidade) “semi controlado”, no intuito de passar a ideia de portador da “luz”, quando o conhecimento Bíblico torna-se irrelevante e menosprezado, uma vez que, dessa conjectura importa apenas a aparência “exotérica” a despeito da estética.
No uso do livre arbítrio, deliberadamente expressam grande amor ao mentor do argumento “nada ver”, bem como..., nas mesmas proporções, refletem indignação à condição de não se tocar no que não se deve tocar, “por tratar-se de legalismo”.
Em ênfase ao “nada ver” atribui-se condição de legalismo à conduta regrada e racional, sem que se faça um mínimo de objeção à busca pela semelhança com os filhos das trevas, copiando-lhes todas as invenções, por mais párvoas e até sem pudor que sejam.
Porque haverá homens amantes de si mesmos, [...]
** [...] mais amigos dos deleites do que amigos de Deus,
2 Tm. 3:2 e 4b
Mas, quanto aos tímidos, [...] a sua parte será no lago que arde
com fogo e enxofre; o que é a segunda morte.
Ap. 21:8
Breve virá
Breve Jesus Voltará
by: Oceano Ramos Corrêa Junior
Pastor Presidente da IEBSH