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- Boa leitura !
A Igreja esta bem ou mal?
Como “pensar” a Igreja Contemporânea?
Dois pensamentos colidem.
“O Conservador” diz que a igreja está mal, enquanto é veementemente refutado e combatido por aquele que é conhecido como “O Liberal” que afirma que a igreja *está muito bem por que..., Mt. 16:18 [...]as portas do inferno não prevalecerão contra ela;
O grande dilema consiste no fato de que ambos se utilizam de textos Bíblicos na defesa de seus argumentos, enquanto o expectador está posto em meio a fogo cruzado.
Problemas de “logística” do atual modelo de evangelização.
As crises, problemas e carências existências, produzidos pelo próprio “homo sapiens”, impõem a necessidade de alguma forma de “mercado de soluções” que, mesmo sem solução objetiva ou definitiva para a problemática, ofereça um efeito sedativo, (placebo) que faça acreditar que * “está tudo bem”, o “produto” mais desejado de todos os tempos. E, considerando que por inversão, valor está atribuído ao preço e não a qualidade, a grande massa está disposta a “comprar” solução por preço e não por verdade.
Então..., baaanngg..., o sistema religioso “descobriu a margarida, Olê, Olê, Olá”, e obviamente um “veio de ouro” da mais alta lucratividade, e, vigora a lei da “procura e oferta”.
E é impressionante como “O Liberal” gosta de pregar que a salvação é de graça, mas para todas as demais demandas impõe alguma forma de taxação, seja financeira ou por uso de amuletos e patuás, tais como, envelopinho, arquinha, fitinha, óleo e etc... Tudo “ungido”.
Os “emproblemados”, a grande massa (Rm 3:23) ouve um evangelho inclusivo, permeado de “subsídios” e sem restrições, apresentado no “modo Bíblico”, fazendo-se ratificar por textos selecionados por seu teor de “isenção de impostos” pré-elaborado para crédulos desprovidos de senso critico, desde que o “ministro” seja efusivo, submetem-se a eloquência da retorica e tornam-se clientes sôfregos desse “nicho mercadológico”.
Isso ocorre porque falta evangelho para o evangelista e por efeito, para o evangelizado.
O Apostolo Paulo, que ao se auto referir, pelo elementar enfatizava de antemão seu nome próprio e posteriormente seu titulo * (2 Co. 1:1 PAULO, apóstolo de Jesus Cristo, Gl. 1:1 / Ef. 1:1 / Cl. 1:1 / 1 Tm. 1:1 / 2 Tm. 1:1) * atesta que os Apóstolos viram o Senhor, e..., * 1 Co. 15:8 e, por derradeiro de todos, (Último) me apareceu também a mim, como a um abortivo, e institui que o Serviço Apostólico foi concluído, sendo, portanto dispensado novos fundamentos (1 Co. 3:11), bastando a observância do que está posto.
No entanto, da proposta de problemas de “logística”, quando um determinado modelo se mostra ineficaz para um objetivo, faz-se necessário a inserção de estratégias de atração, e para isso parte do sistema religioso contemporâneo “agrega valor” ao “produto acabado”, reformulando conceitos e reimplantando o obsoleto.
E pior ainda é a predisposição para se defender o erro a despeito dos fatos.
2 Co. 11:13 ??? [...], transformando-se em apóstolos de Cristo.
Três são os tipos de cegos. O que nasceu cegou, o que se tornou cego e o cego obtuso.
Ocorre que, como este artigo inicia com o argumento “Dois pensamentos colidem”, e ambos, em defesa da sua tese procuram se estribar na Bíblia, é preciso que se diga que cada qual a adapta para satisfazer o seu próprio conceito.
O “conservador” muitas vezes “raso”, teologicamente, insere no sermão adendos não cabíveis para dar ênfase ao pensamento, enquanto O “liberal” frequentemente portador de formação teológico acadêmico, ancorado em títulos, diplomas e credenciais se esmera deliberadamente em fragilizar preceitos Bíblicos que, a bem da verdade por estarem em oposição a dinâmicas mercadológicas, são altamente prejudicial para os negócios.
E..., falando em negócios...
É notório que os “pregadores” do atualíssimo “Evangelho da Prosperidade”, em cujas “Bíblias” não constam textos como Hb. 11:34 a 40 e congêneres, buscam locais onde se concentrem os desvalidos da vida, e quanto mais pobres melhor, para a realização de todo tipo de ação social sob os holofotes e flash das câmeras, em oposição aberta ao texto de Mt. 6:3, para, posteriormente, usando as imagens, explorar a fé e a sensibilidade humana de uma plateia mais “seleta e distinta” na intenção descarada de arrancar-lhes o dinheiro, enquanto os tais desvalidos, quanto mais pobres melhor, continuam na sua miséria.
A pergunta que não quer calar..., porque o tal “Evangelho da Prosperidade”
não é pregado para os pobres desvalidos, para que sejam resgatados de tal condição e tornem-se prósperos?
Egoísmo ou Hipocrisia?
Esse tema a parte, ambos os pensadores alegam que o outro desvincula o texto do contexto, sem se aperceberem que incorrem em um mesmo vetor, a vontade de influenciar.
A relevante diferença dos objetivos.
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O “conservador” está preocupado com a eternidade da alma do seu ouvinte.
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O “liberal” inevitavelmente está preocupado com o próprio status e conta bancaria.
Exemplo Funcional: (Um dos muitos)
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O “conservador” mesmo “raso” justifica a conduta modesta e moderada em...
1 Co. 9:25 E todo aquele que luta de tudo se abstém; [...] para alcançar uma coroa [...]incorruptível.
** 27 Antes, subjugo o meu corpo e o reduzo à servidão, [...]
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O “liberal” “versado” justifica o ambiente despojado e sem liturgia em...
1 Co. 9:22 [...] Fiz-me tudo para todos[...].
O mesmo capítulo da mesma carta do mesmo Apóstolo na defesa do “mesmo princípio”???
Quem está mentindo?
Referente à pergunta de Cabeçalho
Como “pensar” a Igreja Contemporânea - A Igreja está Bem ou Mal?
Sobre qual igreja “as portas do inferno não prevalecerão contra ela”?
Definição e Conceito de “Prevalecerá”
Do verbo prevalecer. Significa ter predominância - Sobressairá, preponderará, vencerá.
Sobrepor-se-á ao que se opõe ou ao opositor.
No livro do Apocalipse há sete cartas citadas por Jesus a João que às escreveu, destinadas às sete igrejas da Ásia, sob a responsabilidade de pastores, chamados de anjos.
É sabido e reconhecido que estas cartas também fazem referência às diferentes épocas ou etapas da igreja ao longo da história. Logo, a sétima carta, à igreja de Laodicéia endereçada ao seu pastor (anjo) trata também das questões pertinentes à igreja derradeira, a última que, pelas evidencias é a atual. Então se presume que as advertências ali expressas aludam ao “modo Operandis” em exercício, e a necessidade de que as lideranças, pastores (anjos) revejam conceitos e posições.
O mesmo Jesus que proferiu o celebre texto ora em pauta, “as portas do inferno não prevalecerão contra ela”, citou aquelas cartas. Conclui-se que a carta destinada à sétima igreja ou a última, seja também de sua autoria.
Depreende-se daí que, as portas do inferno, por si só não podem prevalecer contra a igreja, mas que a igreja, por vontade particular, (peculiaridade contemporânea), e por inercia do seu “anjo”, pode sim permitir ou até mesmo atrair as portas do inferno para o seu meio.
Do conceito “Prevalecerá” - Não há prevalência quando não há oposição.
Da leitura das demais cartas fica evidente que as portas do inferno sempre atentaram impetuosamente contra a igreja, mas Laodicéia se submeteu às novas configurações fazendo-se conivente, fundamentalmente assentada sobre a tese do * “está tudo bem”.
Como dizes: Rico sou, e estou enriquecido, e de nada tenho falta
(e não sabes que és um desgraçado, e miserável, e pobre, e cego, e nu),
Ap. 3:17
“O perigo mora ao lado”
As gentes acorrentadas a crises e dilemas anseiam por libertação.
Desse anseio, quando havendo explorado todos os recursos e até artifícios possíveis, sem solução recorrem por fim à religião. E, reitere-se..., à religião e não a Deus.
Não obstante, o termo “religião”, aceite você ou não, mais do que um mero vocábulo, traz em si o princípio da religação do homem á Deus. Da criatura ao Criador.
Então surge a incógnita.
“O Conservador” diligencia através da religião, conduzir o aflito a Deus, pelo evangelho genuíno o qual não é inclusivo e requer..., At. 3:19 Arrependei-vos, pois, e convertei-vos, para que sejam apagados os vossos pecados, e venham, assim, os tempos do refrigério pela presença do Senhor.
“O Liberal” atribui adjetivos de cunho pejorativos a religião ou, no mínimo dissimula os seus reais atributos, e então, a bel prazer conduz o aflito por caminhos obscuros fazendo-o crer que o Justo e Verdadeiro Deus submete-se à manipulação do ministro.
Note-se que gente aflita é sugestionável, influenciável e facilmente pode ser arrastado para a obscuridade para ali ser mantido porque se, da hipótese de se lhes abrirem os olhos, logo perceberá a armadilha e deixará de ser “veio de ouro” lucrativo.
2 Pe. 2:3 e, por avareza, farão de vós negócio com palavras fingidas; [...]
2 Pe. 2:15 os quais, deixando o caminho direito, erraram seguindo o caminho de Balaão[...]
Is. 56:11 E estes cães [são] gulosos, não se podem fartar; [...]
O expectador em meio a fogo cruzado está no vale da decisão.
Por aqui ou por ali?
CONCLUSÃO:
Sim, somos passiveis da interpretação textual imperfeita. Que seja então por simples equivoco e não por acinte, antes buscando aperfeiçoar a santidade sem a qual ninguém verá o Senhor (Hb. 12:14), especificamente no desvelo de ser agradável aquele que nos comprou por alto preço, o nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo.
E não nos esqueçamos...
[...] importa que todos nós compareçamos perante o tribunal de Cristo, [...]
2 Co. 5:10
by: Oceano Ramos Corrêa Junior
Pastor Presidente da IEBSH